Depois de ver a Grande entrevista do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, tive o ímpeto de escrever de imediato este post. Há de facto coisas que me intrigam nesta confusão que interessa a alguns promover e manter de forma a levantar e perpétuar suspeitas. Pondo tudo por ordem cronológica, no âmbito de uma outra investigação, são feitas escutas ao Primeiro Ministro. Claro que se pode argumentar que as escutas não foram ao seu telemóvel mas, por lei, logo a seguir ao primeiro acontecimento, todas as estutas deviam ter sido validadas pelo PSTJ. Não o foram e isso promoveu o primeiro erro. Logo de seguida entra em cena a comunicação social. Francamente, estou profundamente desiludido com esta classe. Na busca pelo sensacionalismo, vingança e protagonismo, não olham a meios e passam por cima de tudo e todos. Não há valores, princípios. A tão apregoada liberdade de opinião e expressão sobrepõe-se imediatamente a qualquer outra liberdade. E ai de quem tente dizer que um jornalista pisou o risco, ou exagerou aqui ou ali. Veja-se como exemplo flagrante a Manuela Moura Guedes e o seu Jornal Nacional. O corporativismo é por damais evidente... se fosse jornalista, teria vergonha de chamarem a isto jornalismo. Nunca, jamais, em nenhuma circunstância defenderia essa senhora ou esse programa. Claro, que na ânsia de defender a classe, logo se levantaram suspeitas quando a empresa que comprou a TVI decidiu calar essa senhora e acabar com a pouca vergonha. E não chegou dizer que essa empresa agiu a pedido do Governo Português. Não. Há que dizer também que nas ditas escutas o PM encomendou à PT esse mesmo afastamento. Ora, é uma presunção enorme pensar que o PM deste país tem como preocupação esses intentos, encomendando a uma empresa privada um despedimento, implicando isso que fosse comprada uma empresa pelo caminho...
Aquilo que se pode ver deste caso é, uma classe avespinhada a tentar desesperadamente atacar alguém que não se deixa amedrontar.
Mas ainda há que olhar para os acontecimentos no PSD. É francamente mesquinho, baixo e inqualificável aquilo que um auto-intitulado salvador da pátria faz ao próprio país. Um porta-voz eleito por Portugal na UE, para perseguir os intentos de ser líder político do principal partido da oposição, tem a atitude inqualificável de se servir desse posto para "denunciar" uma situação inventada e não provada pelos media de falta de liberdade de expressão em Portugal. O que não deixa de ser curioso, serem os dominados e manipulados a públicar escutas que estão em segredo de justiça, mesmo com previdências cautelares contra essas publicações. Ainda mais curioso é o timming. O país não precisa de publicidade negativa.
Ainda não falei da questão da violação constante do segredo de justiça. O poder judicial tem o poder de escutar ou ler sms do nosso telemóvel e ler os nossos emails. Esse poder tem de ser bem protegido. Pois acreditem que há neste país pessoas que para servirem interesses, ou à troca de dinheiro, se corrompe e nos faz perder essa protecção. Nos viola os direitos. Nos tira liberdades. Com esses ninguém se preocupa, nem tão pouco saem notícias. Não saem porque interessa que isso continue a acontecer. Serve alguns em que ninguém toca.
Enfim... era preciso que de facto a lei fosse aplicada e que as liberdades de todos fossem garantidas. Era preciso que os profissionais de todos os quadrantes tivessem brio no que fazem. Era preciso que ninguém fosse julgado em praça pública.
Tenho dito.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
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